Conta uma tradição espiritual que o Cristo, quando se preparava para descer dos cimos siderais para o profundo e obscuro vale terrestre, uma plêiade de espíritos O seguiu para dar suporte à tarefa. Alguns permaneceram em estado errante, outros, porque quisessem ou precisassem evoluir, nasceram para o testemunho junto ao suave pregador nazareno.
Temos aqueles que O admiravam pelo seu poder incomum; por seu magnetismo vivificador e bom. Cada espírito que O acompanhou trazia seu próprio conjunto de qualidades e mazelas morais e uma enorme vontade de melhorarem-se. Assim podemos admirar o ânimo imbatível de Paulo após ter perseguido os cristãos; a firmeza incomum de Pedro após tê-lo negado três vezes; a entrega total ao amor espiritual de Madalena após ter caminhado pelas veredas do amor sensual.
Os fariseus, inimigos declarados de sua doutrina, também não deixaram de admirar sua capacidade agregadora; sua inteligência, seu caráter incomum. Porque estavam carregados de culpa e medo, os fariseus se aliaram até mesmo aos romanos para perderem Jesus.
Contudo, a hora da mudança soa para todos os indivíduos e, sem exceção, todos aqueles que tiveram contato com o Rabi nunca mais foram os mesmos. A boa nova de alegrias que ele trazia afetaria do mais humilde pescador ao próprio Constantino, imperador romano, que tornou o império cristão.
Esta é a história de um pretor romano, Sírius, que do alto de sua posição, viu o início da transformação do mundo que também o afetaria imediatamente e para sempre.